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A Palavra e sua
Bibliografia Indicada
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Dicas de Concertos

I - A Reciprocidade dos encontros
II - A Sacralização do Profano
III - A Autonomia e a Coragem de Ser
IV - Ama-se por Memória
V - O Ouvir Como Resposta
VI - A Arte nos Sonha
VII - A Natureza em Nós
VIII - O Adágio Revolucionário e Delicado
IX - Missa para Dois
X - Referenciais e o Primeiro Dever
XI - A Intensidade e o Seu Labirinto
XII - Um Homem, Uma Mulher
XIII - Diferenças que se Harmonizam

A ARTE NOS SONHA
A música como revelação e inspiração do ser
CARLOS NETTO
 

"Este é um livro diferente de tudo o que eu já li na minha vida e na minha carreira de músico. Existem muitas biografias de Bach, de Mozart, de Beethoven e milhares de livros sobre as suas obras. Este livro não é como esses.

O livro que Carlos Netto realizou é um trabalho que vai ter a maior importância para quem está se iniciando no universo da música clássica e para aquele que já está envolvido há muito tempo com essa música.

É fantástico analisar um grande nome da música não somente através da sua escrita, através da sua inspiração, através da sua racionalidade. A Arte nos Sonha quer chegar no fundo da mente de um compositor e procura mostrar o que a alma de um artista pode transmitir para outro ser humano.

A única coisa que posso dizer é que este é um livro que emocionou profundamente este velho maestro e certamente vai emocionar qualquer pessoa que tenha a oportunidade de ler essa obra."


João Carlos Martins

 
              



 

Fale com o Autor



Sei que toda obra tem vida própria. A partir da primeira frase se rompe o cordão umbilical da criação com o autor. O conteúdo do livro “A Arte nos Sonha” definitivamente não será mais o mesmo depois do olhar e interpretação do leitor.

Será um prazer me corresponder com você. Saber o que os filtros da sua vivência me dizem sobre os temas e músicas tratadas no livro.

carlosnetto@inspirartes.com.br

Linkedin: https://br.linkedin.com/in/carlos-alberto-netto/

Instagram: carlos_netto_br



 

A Palavra é sua



O filósofo francês Daniel Sibony escreveu que “a arte é o ser em movimento”.

Ela expressa nossas vivências naquilo que lemos, ouvimos e produzimos. É movimento que não cessa. A arte tem vida própria a partir do significado que cada um constrói.

Meu convite é que você registre aqui suas vivências a partir daquilo que leu e ouviu. O espaço é seu. Compartilhe conosco os significados produzidos através da sua experiência. “A Arte Nos Sonha” é um livro aberto. Não tem ponto final.

É apenas uma provocação inicial para aquilo que Robert Schumann escreveu: “sou tocado por tudo que acontece no mundo...e então sinto vontade de expressar meus sentimentos.”

E-mail: carlosnetto@inspirartes.com.br



 

Bibliografia Indicada

Aqui atualizaremos no site bibliografia indicada, com breves comentários, para quem desejar se aprofundar mais nos temas tratados no livro “A Arte nos Sonha”. São livros registrados como bibliografia da publicação e que foram muito úteis no trabalho de pesquisa.



FUBINI, Enrico. Estética da Música. Lisboa: Edições 70. 2019

Ensaio clássico sobre a estética musical, analisando correntes, compositores e intérpretes. O autor propõe uma visão das contribuições de determinados períodos da História da Música. Para quem deseja ter um breve panorama, com síntese muito bem elaborada, da trajetória do pensamento musical até os nossos dias, Fubini faz uma pesquisa segura e clara com os lastros entre o tempo e espaço histórico dos compositores. Merece destaque a segunda parte do livro – “Breve História do Pensamento Musical” – na relação entre o contexto cultural mais amplo de cada período e a produção musical. O autor destaca também os principais problemas e desafios presentes na construção artística de cada período. Recorte este que reforça toda relevância dos compositores na construção do pensamento ocidental. Idioma: português





HASTE, Cate. Passionate Spirit. New York: Basic Books. 2019.

Excelente trabalho de pesquisa centrado na vida de Alma Mahler. Publicação importante para entender a relação de Alma e Gustav Mahler. A escritora é pródiga no registro de correspondências entre eles e diários de Alma Mahler. Escrito por uma mulher o livro apresenta grande sensibilidade diante do espírito feminino presente nos textos da protagonista. Entender a vida de Mahler pela ótica de Alma é um exercício interessante que merece atenção. Outro ponto relevante é que o livro não termina com a morte de Mahler. A escritora acompanha Alma até sua morte em 1964, em Nova Iorque. Importante conhecer os esforços de Alma nos cuidados da obra do marido e sua atuação no campo da música. Idioma: inglês.





SPAETHLING, Robert. Mozart’s Letters, Mozart’s Life. London: Faber and Faber. 2004.

Coletânea de cartas escritas pelo compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart ao longo da sua trajetória de vida. Em ordem cronológica, o autor comenta os momentos históricos vividos por Mozart e aspectos da sua vida. É preservada a carta original. Os comentários entram como notas e na introdução em períodos que marcam a carreira do compositor. É um livro de referência para quem deseja ouvir a própria voz de Mozart expressa em suas cartas. O autor divide a vida de Mozart em três períodos: os tempos iniciais da sua carreira, a busca por independência e a vida já em Viena como compositor autônomo. Um dos livros mais importantes para entender Mozart a partir daquilo que escreveu sobre si mesmo. Idioma: inglês






 

Comentários



ELIAS, Norbert. Mozart: a sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Zahar. 1995.

Análise do significado do compositor Wolfgang Amadeus Mozart como um agente histórico que viveu de forma intensa a transição do século XVIII. Elias é hábil em analisar a micro-história de um indivíduo, que é um gênio na história da humanidade, para os macrossistemas sociais. Ou seja, ao olharmos a biografia de Mozart entendemos transições políticas, econômicas e culturais. Vai do uno ao todo. Elias escreve de forma objetiva e rica. O texto fluí sem discussões sobre conceitos filosóficos e mais próxima da narrativa literária ou jornalística. O autor defende – e abre o primeiro capítulo – com a tese que “Mozart desistiu.” O tema é polêmico. São afirmações que estimulam o debate, crítica e confronto com as cartas de Mozart. De qualquer forma, é uma das leituras mais relevantes e gostosas de ler sobre o compositor austríaco. Obrigatório para quem deseja entender Mozart e seu tempo. Idioma: portugês.





WALSH, Stephen. Debussy: a painter in sound. New York: Alfred Knopf. 2018.

O autor é professor emérito de música da Universidade de Cardiff e autor de livros sobre Musorgsky e Stravinsky, além de crítico de música do jornal inglês The Observer. A relação de Debussy com os pintores impressionistas é magistral. Sua clareza entre os princípios sobre a estética impressionistas e a defesa de Debussy do seu olhar sobre interpretação e composição são muito bem tecidos na biografia do compositor francês. O livro apresenta fotos e referências que trazem detalhes importantes da vida de Debussy. Biografia que dialoga com uma fase rica na produção artística nas artes visuais. Idioma: inglês.





BARENBOIM, Daniel & SAID, Edward W. Paralelos e Paradoxos: reflexões sobre música e sociedade. São Paulo: Cia. das Letras. 2013.

Said, crítico literário e professor da Universidade de Columbia, e Barenboim, um dos principais regentes e pianistas do cenário internacional, discorrem juntos sobre o papel social da música. O texto é resultado do diálogo entre eles. Sua leitura flui e merece destaque a defesa da função civilizadora da música. Os autores são fundadores da West-Eastern Divan, orquestra jovem baseada em Sevilha, Espanha, com músicos de países do Oriente Médio, unindo árabes e israelenses. Diante dos desafios sociais, no mundo complexo e de profundas e aceleradas mudanças, a música se mostra como possibilidade de construção de uma memória comum, capaz de integrar ao invés de dividir. A arte é um idioma comum que merece especial atenção na forma como entendemos caminhos possíveis para humanidade. É um dos livros mais lindos sobre as potencialidades da arte no mundo atual. Idioma: inglês.






 

Dicas de Concertos

Concertos ao vivo via streaming


9 de maio - 16h (Horário de Brasília)

Orquestra Sinfônica de Londres (https://los.co.uk)

Das Lied Von der Erde (“A Canção da Terra”) é uma das mais belas obras de Gustav Mahler. São seis canções finalizados pouco antes da sua morte. Ele não chegou a apresentá-la ao público. É um dos trabalhos mais poéticos e significativos de Mahler.





26 de maio - 14h30 (Horário de Brasília)

Orquestra Sinfônica de Londres (https://los.co.uk)

Yuja Wang é uma das mais prestigiadas pianistas da atualidade. Tive a oportunidade de ouvi-la no Festival de Verbier em 2018. Expoente da nova geração de pianistas. O Concerto para Piano de Rachmaninoff No. 2 é uma das peças mais românticas e sensível do compositor russo. No programa a Sinfonia No. 5 de Beethoven. Um belíssimo programa reunindo duas obras marcantes dos dois compositores e que agradam muito ao público.





26 de junho - 10h15 (Horário de Brasília)

https://www.berliner-philharmoniker.de

A Filarmônica de Berlin tem um aplicativo que pode ser baixado da Apple Store. O acesso é mais fácil e os concertos são transmitidos também, além do site, pelo aplicativo.

Filarmônica de Berlin

Martin Grubinger é o maior percussionista da atualidade. Contratado pela Deutsche Grammophon, Grubinger é um fenômeno. Tive a oportunidade de assisti-lo dois anos atrás em Berna. Concerto imperdível que irá surpreender pela versatilidade de um dos maiores nomes da música atualmente. A programação conta ainda com Rhapsody in Blue, de George Gershwin. Uma programação alegre para um belo sábado pela manhã.











CAPÍTULO I
ALBINONI, Tomaso Giovanni e GIAZOTTO, Remo
ADÁGIO in G minor (1708/1958)
Reciprocidade
“Meu trabalho é fazer as pessoas se interessarem por essa música como farol para inspirar aquilo que a arte é capaz.”
(Remo Giazotto sobre o Adágio de Albinoni)














CAPÍTULO II
WAGNER, Richard
Prelúdio Tristão e Isolda (1857-1859)
Paixão
“A música é o discurso inarticulado do coração que não se pode comprimir em palavras, pois é infinito.”
(Richard Wagner, sobre Tristão e Isolda)














CAPÍTULO III
MOZART, Wolfgang Amadeus
IDOMENEO (1781)
Vocação
“Nada acontece do nada.”
(Mozart)














CAPÍTULO IV
PIAZZOLLA, Astor
Oblivion (1982)
Memória
“Volto sempre até vós: com os meus desejos e temores. Quero o meu sul, com a
minha boa gente, sua dignidade. Eu sinto o sul como o corpo na intimidade.”
(Piazzolla, mensagem aos argentinos após voltar de uma das suas
turnês mundiais, em entrevista ao Diário Clarín.)














CAPÍTULO V
SAINT-SAËNS, Camile
Sinfonia Nº 3 in C minor, Op. 78 – órgão (1886)
Amizade
“Em certos momentos, a música é o Verbo, é ela quem exprime tudo. A palavra torna-se secundária ou quase inútil.”
(Camile Saint-Saëns)














CAPÍTULO VI
GERSHWIN, George
Porgy and Bess: “Bess, you is my woman now” (1935)

“A música deve expressar as aspirações dos tempos.”
(George Gershwin)














CAPÍTULO VII
DEBUSSY, Claude
Clair de Lune – 3º movimento da Suíte Bergamasque (1905)
Natureza
“Sinta suas impressões. Não tenha pressa em anotá-las.”
(Claude Debussy)














CAPÍTULO VIII
TCHAIKOVSKY, Piotr Ilicht
Sinfonia Nº 6 – Patética (1893)
Destino
“Eu a quero como jamais desejei uma das minhas partituras... Não exagero, toda minha alma está nesta sinfonia...
Julgo a melhor e especialmente a mais sincera de todas as minhas obras.
Gosto mais dela do que de qualquer outra das minhas criações musicais.”
(Tchaikovsky, sobre a Sinfonia Nº 6)














CAPÍTULO IX
GÓRECKI, Henryk
Sinfonia Nº 3, Op. 36, “Canções Dolorosas” – 2º Movimento (1976)
Arte
“Eu não entendo quando alguém diz que não conhece música. É como seu eu lhe desse um livro e ele
não soubesse o que fazer com ele. Como se não pudesse respirar por não saber. Música não é um acessório de vida.
Ela é para ouvir e viver. Se você não precisa dela, então a pessoa se torna muito pobre. Muito, muito pobre.”
(Henryk Górecki)














CAPÍTULO X
ELGAR, Edward
Variações Enigma Op. 36 (1899)
Referênciais
“Minha ideia é que existe música no ar, música ao nosso redor, o mundo está cheio
disso e você simplesmente pega o quanto precisa.”
(Edward Elgar)














CAPÍTULO XI
MAHLER, Gustav
5ª Sinfonia – Adagietto (1902)
Intensidade
“O melhor da música não se encontra nas notas.”
(Gustav Mahler)














CAPÍTULO XII
SCHUMANN, Robert
Sinfonia Nº 2 in C Maior, Op. 61– Adagio Expressivo (1845-1847)
Essência
“Enviar luz para as profundezas do coração humano: este é o chamado do artista.”
(Robert Schumann)














CAPÍTULO XIII
BEETHOVEN, Ludwig Van
Nona Sinfonia – Ode à Alegria (1824)
Propósito
“Eu jamais pensei em escrever música por reputação ou honra.
O que possuo em meu coração precisa vir à tona; este é o motivo pelo qual eu componho.”
(Beethoven, carta ao aluno Carl Czerny)